Quando as taxas do financiamento imobiliário vão começar a cair? Descubra estratégias para aproveita

广告位火热招租中

A queda da taxa Selic em 2019: por que o financiamento imobiliário não acompanhou

A taxa Selic no Brasil, que é a taxa de referência de juros, já caiu seis vezes nos últimos sete meses, saindo de 13,75% para 10,75% ao ano. Embora a expectativa seja de que ocorra um efeito dominó no mercado de crédito como um todo, até agora, não houve nenhuma mudança no custo do financiamento imobiliário. Esse é o tema principal deste artigo.

O sonho da casa própria e a perspectiva

O sonho da casa própria é um desejo compartilhado por muitos brasileiros. De acordo com o Raio X do Investidor, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o sonho da casa própria aparece no topo da lista dos motivos para o brasileiro investir. Além disso, o Censo de Moradia do QuintoAndar aponta que esse objetivo é mais significativo entre as classes sociais com menor renda. Por isso, pode fazer sentido entrar em um financiamento mesmo quando as taxas não são as mais favoráveis. Contudo, enquanto elas estiverem altas, muitos permanecerão excluídos do mercado de crédito. O comprometimento da renda de 31% com o aluguel e de 27% da renda com a parcela do financiamento, de acordo com o Censo do QuintoAndar, é outra razão para se preocupar com o acesso ao crédito imobiliário.

A cautela dos bancos

Embora a Selic tenha caído, as taxas de juros dos financiamentos imobiliários geralmente levam mais tempo para serem reduzidas, devido a sua longa duração. As instituições financeiras avaliam como os juros devem se comportar no futuro e não se apegam somente às taxas do presente. Evandro Alves, economista do grupo imobiliário QuintoAndar, diz que pesquisadores e agentes de mercado trabalham com a chamada "defasagem da política monetária", que faz com que as diretrizes estabelecidas pelo Banco Central demorem em torno de seis meses até serem transmitidas para as transações reais. Embora as taxas irão cair, é difícil precisar quando e para qual patamar.

Rafael Sasso, especialista em mercado imobiliário do RisKnow diz que as quedas nas taxas dos financiamentos imobiliários devem começar ainda este ano. No entanto, antes do início da redução de taxas haverá um outro movimento no mercado de crédito imobiliário: os bancos começam a se tornar menos restritivos na concessão dos empréstimos. Se antes um banco aceitava financiar 50% do imóvel, aos poucos ele eleva essa fatia e passa a anunciar que empresta, por exemplo, 70% do valor do imóvel. A estratégia já ajuda a atrair clientes, que poderão realizar o financiamento com uma entrada mais modesta.

O impacto da queda das taxas

De acordo com Sandro Gamba, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a formação da taxa do crédito imobiliário é uma equação entre poupança, encarecimento da captação de recursos e comportamento da curva longa de juros acima de dez anos. Ele afirma que a taxa do financiamento não vai cair no curto prazo, pois nas últimas semanas, as taxas de financiamentos com vencimento acima de dez anos têm se mantido acima dos 10% ao ano, patamar que torna inviável emprestar por juros menores no longo prazo. Outro problema que atrapalha a queda das taxas é o encolhimento dos recursos vindos da poupança, que são direcionados ao crédito imobiliário. A poupança é a maneira mais barata de captar dinheiro para emprestar ao comprador da casa própria.


Por /Isabel Filgueiras


广告位火热招租中